Física... Pra quê?


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A física aparece em nossas vidas no final do ensino fundamental e logo percebemos sua complexidade e alguns passam a não gostar dela logo de início. Muitas perguntas surgem assim que temos contato com a física e uma delas é pra que estudar física? Principalmente quando nos deparamos com aquelas fórmulas imensas e de aparência complicada, mas, por incrível que possa parecer para alguns, a física está mais presente nas nossas vidas do que pensamos, mesmo antes de começar aprendê-la na escola estamos exercendo e expostas a ela desde que nascemos. Vários princípios da física podem ser encontrados nas atividades mais simples que exercemos em nossas vidas como brincar em um balanço, por exemplo, quando você senta seu corpo está parado e para movimentar o brinquedo você exerce força gerando um impulso que se mantém durante um tempo e, quando o movimento fica mais lento você dá o impulso novamente.




Querendo ou não isso é a física que você aprender na escola, que explica os fenômenos. A física nos ajuda a compreender os fenômenos naturais através de suas leis, que são determinadas a partir de hipóteses e experimentos que nos ajudam a compreender como isto acontece e suas implicações em nossas vidas.
Estudar e ter conhecimentos sobre física pode ser importantes para determinar quanto tempo você gastará para chegar a determinado local ao calcular a distância e a velocidade com a qual você deseja dirigir, o que é importante para quem deseja programar uma viagem e não ter surpresas com o tempo, da mesma forma que pode ajudar a calcular também a quantidade de gasolina que será necessária.
Atividades do lar também podem ser facilitadas se a pessoa possuir o mínimo de conhecimentos de física, como, por exemplo, ao ter que levar um balde pesado do térreo ao terraço de uma casa você não precisaria carrega-lo por todas as escadas, bastaria instalar um sistema de roldanas para facilitar o levantamento do peso até o local desejado.

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Nunca estamos livres da física, até ouvir música está relacionado à ela pois, através das ondas sonoras o som se dissipa pelo ar e chega até os nossos ouvidos. Brincadeiras como o pião também envolvem a física e se você conhecer um pouco mais sobre ela brincar com um pião pode ser mais divertido e interessante.
A física está nas nossas vidas desde a antiguidade, desde que o homem é homem ele quer descobrir como as coisas ocorrem a sua volta, procurando explicações para os fatos mais simples que nos rodeiam, mas que ao mesmo tempo nos intrigam. Uma simples maçã caindo de uma árvore nos ensinou sobre a gravidade e porque não flutuamos pelo ar. Dessa forma, é importante estudar física para entendermos melhor o nosso mundo e os fenômenos que ocorrem nele. Não tenha receio de estudar física, pois ela pode lhe mostrar um mundo novo, onde todos os fenômenos ficam mais interessantes quando entendemos como eles funcionam e até fazer com que eles aconteçam. Uma dica para aprender a gostar um pouco mais de física é explorá-la, explore seus fenômenos, procure-os ao seu redor, isto estimula a aprender cada vez mais e ainda tornar o aprendizado mais divertido.
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Dicas: Como estudar Física para concursos!



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Se seu objetivo é estudar para concurso ou para o próximo ENEM, a principal dica é que o candidato estude bastante os tópicos relacionados a mecânica, energia e eletricidade. "Em termos de conteúdo específico, temas ligados a transformações de energia, energia térmica, mecânica newtoniana e eletricidade, principalmente envolvendo circuitos elétricos de residências, são os mais pedidos na prova", afirma o professor e supervisor de física do curso Anglo, Ronaldo Carrilho.

Mônica Nunes, professora de Física da Oficina do Estudante chama a atenção para a relação da matéria com o cotidiano dos estudantes. "Estar antenado a notícias e situações cotidianas é essencial, pois o Enem preza por conteúdos que tenham relação com o dia a dia do estudante", afirma. Outra dica de Mônica é ter muita atenção ao ler o enunciado, gráficos, tabelas e figuras. Segundo ela, isso é fundamental para o bom desempenho do aluno, pois muitas vezes esses itens trazem informações que são úteis na resolução da questão.

Fenômenos ondulatórios e um pouco de óptica também costumam aparecer. São perguntas que envolvem, por exemplo, contas de energia elétrica relacionando a energia consumida com a potência de aparelhos, utilização e propagação de ondas eletromagnéticas e hidrostática, energia térmica. "São muitas as maneiras de se cobrar esses conteúdos, mas é difícil o Enem fugir de certo modelo, por isso, é interessante resolver questões de provas anteriores", aconselha Mônica.

Em termos de conteúdo específico, temas ligados a transformações de energia, energia térmica, mecânica newtoniana e eletricidade, principalmente envolvendo circuitos elétricos de residências, são os mais pedidos na prova.

5 passos para aprender e estudar física sem estresse
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1 - Entenda o movimento

Leia os dados do problema apresentado nos exercícios ou nas provas com muito cuidado, para que consiga entender cada coisa que se passa na situação. A física tem muito a ver com o movimento. Primeiramente, você deve visualizar e identificar o movimento.


2 - Não aplique a fórmula cegamente


Aprender as fórmulas e decorá-las não significa que todos os exercícios estão resolvidos. Quando for usar uma fórmula você deve ter três coisas em mente: quando ela pode ser aplicada, quando não pode usá-la e como essa fórmula foi obtida.


3 - Leis de Newton

Tudo o que é estudado em física clássica deve seguir as leis de Newton. Se você estiver com dúvidas em uma questão, procure aplicar as leis para saber quais forças estão envolvidas, onde e com quais efeitos.


4 - Simplifique a situação

Procure simplificar ao máximo a questão oferecida. Se a pergunta possuir gráficos e tabelas, escreva os dados que estão sendo informados e quais fórmulas poderiam ser aplicadas.


5 - Evite o decoreba

Ao invés de tentar decorar todas as fórmulas, procure entender como elas foram desenvolvidas. Assim será muito mais fácil deduzir qual é a fórmula ideal para o problema apresentado e não dependerá de sua memória para acertar a questão.
Quando você estuda Português ou História, uma lição passada pelo professor abrange, na maioria das vezes, um grande número de páginas de texto. A Física, tal como a Matemática, é mais condensada. Uma lição de Física pode reduzir-se apenas a uma ou duas páginas. Você poderia decorar a lição, mas isto não lhe adiantaria nada. Algumas vezes, o seu trabalho é compreender uma lei. Depois de compreender essa lei - e a lei é muitas vezes expressa por uma equação - e a puder explicar e aplicar na resolução de problemas, você terá aprendido a lição.

Mas quais assuntos estudar para concursos ou ENEM?

 1. Mecânica e movimento dos corpos

Ao todo, os questionamentos que tratam dos estudos da mecânica somaram 22 questões nas últimas três provas. Dessa forma, essa é a matéria que mais incidiu nas últimas edições da prova de física do Enem, segundo Zanella.

Dentro desse guarda-chuva temático, no ano passado, por exemplo, houve questões sobre velocidade e movimento dos corpos. "Os testes de cinemática e estudo do movimento dos corpos são os favoritos pela banca de professores do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas, órgão responsável pela realização do Enem)", afirma o professor.
 
2. Ondulatória

Dedicada ao estudo das ondas (sejam as de luz, da água ou de qualquer outro meio em que se propaga um pulso), a ondulatória foi o segundo assunto mais corriqueiro nas últimas provas de física do Enem, somando dez questões entre os testes de 2013 e 2014, conforme tabulação do professor Zanella, do Poliedro.

Por sua vez, o professor Eduardo Figueiredo, coordenador de física do Objetivo, recomenda noções da equação fundamental da ondulatória, baseada na velocidade, na frequência e no comprimento de cada onda.
 
3. Eletricidade

Em terceiro lugar nas últimas provas de física do exame estão as perguntas a respeito da eletricidade. "As questões de elétrica são em sua grande maioria voltadas para a análise de circuitos, com perguntas sobre corrente, resistores e potência", diz Zanella, do Poliedro.

Na prova do ano passado, os alunos tiveram que resolver uma questão a respeito de um circuito de iluminação composto por três lâmpadas. Também se depararam com uma questão a respeito do funcionamento de geradores. O professor Figueiredo, do Objetivo, destaca que a ênfase do questionário tem se dado, principalmente, na potência elétrica.
 
4. Termologia/Termodinâmica

Esfriamento, aquecimento... A termologia se dedica à compreensão das manifestações ligadas ao calor e foi um tema explorado com relativa abrangência nas edições passadas do Enem. Ela somou oito questões nos últimos anos, conforme a compilação feita por Zanella.

Houve perguntas sobre calorimetria em provas de anos anteriores.
 
5. Óptica

Por fim, a óptica – ramo voltado à análise das radiações luminosas e de seus fenômenos – também costumou aparecer no Enem dos anos anteriores.

Os professores Zanella, do Poliedro, e Figueiredo, do Objetivo, observam que refração foi um tema que apareceu nos últimos anos nas questões do Enem. Recomenda-se o estudo das lentes.

Bons estudos! 

Japão lança novo satélite para desvendar mais mistérios do universo

O Japão lançou com sucesso esta quarta-feira um foguetão H-2A, a partir do Centro Espacial de Tagashima, em Kagoshima, no sudoeste do país. O objetivo da missão é colocar em órbita da Terra um novo satélite de observação astronómica para estudar os fenómenos em curso junto dos agora de novo famosos buracos negro.

Este lançamento acontece dias depois da confirmação, nos Estados Unidos, e a partir da colisão de dois buracos negros a 1,3 mil milhões de de anos-luz da Terra, da existência de ondas gravitacionais, o que comprovou a teoria defendida há 100 anos pelo físico alemão Albert Einstein.


O “Astro-H”, como foi batizado o satélite nipónico, tem como particularidade a capacidade de detetar raios-X no espaço, algo impossível a partir da Terra, com os atuais instrumentos, devido a assimilação pelo próprio planeta desses mesmos raios-X. Em comparação com um satélite comum, o Japão alega que este Astro-H chega a ser 100 vezes mais sensível aos raios-X.

O lançamento do H-2A pela JAXA, a agência japonesa de exploração espacial, esteve previsto para a passada sexta-feira (12 de fevereiro) um dia após a confirmação das ondas gravitacionais. A missão teve, contudo, de ser adiada para esta quarta-feira devido às más condições climatéricas.

Einstein estava certo! Entenda a relação entre os buracos negros e as ondas gravitacionais.

Um consórcio internacional de cientistas anunciou a primeira detecção de ondas gravitacionais, um fenômeno previsto pelo físico Albert Einstein há exatos cem anos, mas que nunca havia sido observado.
"Nós detectamos ondas gravitacionais. Nós conseguimos", afirmou David Reitze, diretor do projeto, em uma entrevista coletiva na manhã desta quinta, em Washington.
O que os pesquisadores do projeto Ligo (Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory) encontraram essencialmente foram "distorções no espaço e no tempo" causadas por um par de objetos com massas enormes interagindo entre si.
Neste caso específico, os cientistas acreditam que o evento observado seja fruto da interação entre dois enormes buracos negros.


O QUE FOI DESCOBERTO?
Observando a interação de dois buracos negros (objetos do universo com gravidade extremamente forte)  os pesquisadores registraram, pela primeira vez, as ondas de distorçãoprovocadas pela força gravitacional  no espaço e no tempo

Quando elaborou sua teoria da Relatividade Geral, Einstein afirmou que a gravidade é uma força de atração que age distorcendo o espaço e o tempo -- espaço e tempo, em sua concepção são uma coisa só. Quando há uma interação de objetos muito maciços, para os quais a força da gravidade é muito grande, eles produzem ondas que se propagam no espaço.
As ondas gravitacionais estão para a gravidade assim como a luz, uma onda eletromagnética, está para o magnetismo e a eletricidade, forças capazes de gerar luminosidade.

 Oscilação sutil
A detecção de ondas gravitacionais, porém, requer aparelhagem capaz de perceber oscilações muito mais sutis do que a luz. O Ligo consiste em dois enormes detectores de cerca de 4 km de extensão nos estados de Washington e Louisiana, nos EUA, operando conjuntamente.

O Ligo em si começou a funcionar em 2002, depois de outros experimentos iniciais, e sua sensibilidade vem sendo aprimorada desde então. Só com um aprimoramento maior realizado no ano passado, porém, foi possível detectar um primeiro evento.
A colisão de buracos negros registrada pelo projeto foi detectada em 14 de setembro. Cada um dos dois objetos pesava cerca de 30 vezes a massa do Sol, e o fenômeno ocorreu a 1,3 bilhão de anos-luz.
Os buracos negros em colisão detectados pelo experimento são essencialmente estrelas mortas que implodiram dentro de sua própria força gravitacional. Esses objetos são escuros porque têm uma força de atração de gravidade tão grande que capturam até a luz.


ENTENDA AS ONDAS GRAVITACIONAIS EM 7 PASSOS
1) Na teoria da Relatividade de Einstein, o espaço e o tempo são uma coisa só: o espaço-tempo

2) O espaço-tempo, para a Relatividade, não é uma entidade fixa, mas maleável

3) Quando um astro de grande massa oscila, sua gravidade cria ondas no espaço-tempo, da mesma forma que um barco chacoalhando cria ondas na água

4) Essas ondas gravitacionais, porém, são minúsculas, com milionésimos de milionésimos de milímetros

5) O Ligo, um experimento engenhoso nos EUA, foi capaz de capturar pela primeira vez a oscilação de ondas gravitacionais

6) A fonte das ondas detectadas pelo experimento eram dois buracos negros que giravam em torno um do outro e colidiram
7) A descoberta é importante porque consolida a teoria de Einstein e porque astrônomos podem agora estudar alguns fenômenos que não são visíveis pela luz



Sinal e ruído
Mesmo com toda a parafernália experimental, separar o sinal de ruídos que afetavam o experimento não era algo simples. O físico Riccardo Sturani, da Unesp, trabalhou por oito anos com a equipe responsável por filtrar os sinais do Ligo.
"A detecção em 14 de setembro foi inesperada porque o Ligo já tinha tomado dados no passado e tinha acabado de recomeçar os trabalhos", afirmou. "Mesmo com uma sensibilidade 3 vezes melhor, a previsão teórica sobre as fontes dos sinais de ondas gravitacionais não era muito promissora."
Segundo Sturani, outros grandes experimentos similares ao Ligo devem começar a operar nos próximos anos, e isso permitirá aos cientistas fazer coisas como localizar fontes das ondas gravitacionais com mais precisão.
Astrônomos não foram capazes de localizar ainda onde ocorreu a colisão de buracos negros detectada pelo experimento, porque para isso seriam necessários três grandes interferômetros, e o Ligo só possui dois. A única coisa que se sabe é que o evento detectado ocorreu no céu do hemisfério sul.
A possibilidade de observar o céu em ondas gravitacionais agora, e não apenas em ondas eletromagnétcias, como a luz, abre a perspectiva de descoberta de fenômenos antes invisíveis para os astrônomos.  "É como se você pudesse ouvir depois de uma vida de surdez", afirmou.

Procura do Planeta "X"! Você poderá participar?

O mundo da astronomia entrou em parafuso na última quarta (20) com as evidências mais fortes até hoje de que existe um nono planeta orbitando o mesmo Sol que nós, pequenos terráqueos (lembre-se: desde 2006, Plutão, nosso "ex-nono planeta", é considerado apenas um planeta-anão). Mas o que será feito a partir de agora? Você pode ajudar na caçada ao suposto corpo celeste?

Partiu telescópio

Os indícios do novo corpo celeste foram revelados por um dos mais respeitados astrônomos do mundo, Mike Brown -- sim, o mesmo que derrubou Plutão à condição de "anão". Isso pode gerar uma corrida a telescópios por uma razão principal: a suposta órbita já foi divulgada, o que facilita bastante a "caçada". E, como disse ao UOL o astrônomo Cássio Leandro Barbosa, do Observatório da Univap (Universidade do Vale do Paraíba), descobrir um planeta daria muito "prestígio" para o pesquisador e o observatório.

"E eu?"

Você que adora observar o céu pode até sonhar em descobrir o planeta, mas a chance de conseguir é perto de nula. A distância do objeto para Terra -- e para o Sol -- é tamanha que a luminosidade do corpo celeste é muito fraca. Além disso, o movimento dele é, em comparação com os planetas mais próximos, bastante lento -- leva entre 10 mil e 20 mil anos terrestres para dar uma volta no Sol, enquanto Netuno (repetindo: o mais distante até agora) completa o ciclo "apenas" em 164 anos terrestres. Sendo assim, poucos telescópios têm a capacidade de rastrear o planeta -- é bem possível até que, se realmente ele existir, já tenha sido visto, mas descartado.
No vídeo da pesquisa, Mike Brown convida o mundo inteiro a buscar o objeto -- contudo, esse convite é mais para observar outros objetos que sejam influenciados pelo planeta, já que ele em si só pode ser observado pelos equipamentos gigantes. É possível ainda aproveitar telescópios que ficam inutilizados por períodos de tempo (como o de pesquisas que só durem entre faixas horárias específicas) para ajudar na "caça".

Passadinha no Atacama ou no Havaí

Na opinião do astrônomo Gustavo Rojas, da Universidade Federal de São Carlos, apenas os telescópios gigantes (a partir de 8 metros de diâmetro) seriam capazes de rastrear o objeto. Em especial, o Subaru, que está situado no Havaí e é controlado pelo Japão. Ou algum do Alma (Atacama Large Millimeter Array), situado no deserto do Atacama, no Chile. Mesmo estas grandes máquinas têm problemas: o campo de visão do céu delas é muito pequeno.
Os pesquisadores, contudo, têm que elaborar um projeto para ter a autorização para utilizar o telescópio -- especificando o período do uso, qual região vai observar etc. Em meio a isso, concorrerão com outros astrônomos não menos importantes que também vão querer utilizar o objeto com outros fins.
Se a sorte não ajudar, os cientistas acreditam que o mistério poderá ser resolvido quando o maior telescópio do mundo terminar de ser construído, no Chile -- a inauguração está prevista para 2021. "Ele fará uma imagem profunda do céu por semana. Ao invés de esperar anos para varrer a área inteira, ele faz isso em semanas", diz Rojas, que é representante no Brasil do Observatório Europeu do Sul, um dos donos do ALMA.


É um planeta? É uma estrela? É o super-homem?

As equipes e observatórios envolvidos na busca pelo novo planeta terão que criar um programa de computador que rastreie toda a órbita sugerida pelo estudo divulgado na última quarta. A varredura pode, obviamente, levar anos até algo ser encontrado. Os pesquisadores rastrearão toda a área e verificarão pontos luminosos, tirando fotos. Depois de algumas semanas (ou meses), farão imagens do mesmo local e verificarão qual foi o movimento dos corpos celestes. É a maneira clássica da astronomia: você observa uma mesma região do céu e vê o movimento de astros. Aí é onde a sorte entra: podem achar rapidamente, ou não.
A grande questão para quem não está na área da astronomia é: como uma pessoa sabe que aquela luzinha lá longe é um planeta? Isso tem a ver com alguns fatores, como a movimentação. "Estrela não vai ter esse deslocamento tão grande e também é possível verificar pela característica da órbita. Já sabem o deslocamento dele, não dá para confundir com uma estrela. Dá para confundir com outros objetos, mas já sabem para onde apontar", explica Rojas, ao UOL.

Pronto, é um planeta. Podemos mudar os livros de escola?

Não. Não basta apenas um observador encontrar o planeta: é necessária, segundo Gustavo Rojas, a confirmação de fontes independentes. Enquanto outra pessoa não achar o novo planeta, nada feito.

E o nome dele, quem dá?

A honra é dada para quem descobre, de acordo com Cássio Leandro Barbosa. Se o próprio Mike Brown achar o corpo celeste, maravilha: ele pode dar a nomenclatura da mãe, do cachorro, do time de futebol, o que quiser - mas provavelmente só será aceito o nome de deuses da antiguidade, como em outros planetas. Agora, se outra pessoa encontrar o objeto, ambos terão que entrar em acordo para definir como ele vai ser chamado.


A misteriosa estrutura espacial gigante invisível que intriga astrônomos

Com ajuda do telescópio gigante CSIRO, o astrônomo australiano Keith Bannister passou a vasculhar o céu todas as noites em busca de uma fonte eletromagnética na constelação de Sagitário.

Ele procurava por algo na Via Láctea que fosse como uma lente transparente que distorcesse o que estava atrás dela.

E, assim, acabou encontrando uma gigantesca estrutura invisível, cuja existência só havia sido insinuada em algumas poucas ocasiões e por acidente.

Uma entidade transparente que flutua em nossa galáxia e que poderia ser a chave para resolver um dos grandes mistérios do universo.

"Para começar, não tínhamos ideia de como encontrar essa coisa. Só sabíamos que era um velho problema e que ninguém havia conseguido resolver de fato", conta Bannister.

Trata-se de uma massa do tamanho da órbita da Terra ao redor do Sol e que pode estar a cerca de 3 mil anos-luz de distância.
Segundo Bannister, esses "vultos" estão no fino gás que está entre as estrelas de nossa galáxia.

"São como um taça de vidro. Se olhar através deles, o que está atrás fica distorcido", acrescenta.

(Ilustração mostra como seria a matéria transparente encontrada por cientistas)

Descoberta

A primeira vez que se tomou conhecimento destas estruturas foi nos anos 1980. Astrônomos observavam diariamente uma galáxia distante e viram como ela se comportava de uma forma estranha.

"Ela ficava mais e menos brilhante", conta Bannister. "No fim, não era a galáxia que se comportava assim, mas algo que estava em nossa galáxia e que funcionava como uma lente."

 
 (Estrutura misteriosa foi detectada pela primeira vez há 30 anos)


O tempo passou, a tecnologia avançou, e esta equipe de cientistas australianos - que não trabalhou com os pesquisadores de 30 anos atrás - "caçou" um destes corpos estranhos.

Seu descobrimento foi publicado neste mês na revista Science. "Isso podia mudar radicalmente as ideias que temos sobre este gás interestelar", diz Bannister.

"Tudo depende do que descobriremos a seguir e da forma exata que tenha."

Se a estrutura for lisa, como uma folha de papel, não será tão relevante. Mas, se for oval, como uma avelã...

"Se tiver esta forma e isso se dever à gravidade, isso poderia ser a solução de um dos grandes problemas da astronomia, que é onde está toda a matéria normal do universo", explica o astrônomo.

Na astronomia, há ao menos dois problemas não solucionados: um é a matéria escura e outro é a matéria bariônica.

"E isso não é matéria escura", garante Bannister.

'Grande experiência'

"Os astrônomos pensam que 4% do universo é composto por essência, átomos das coisas com as quais somos feitos, você, eu, a Terra, o Sol... coisas normais", explica.

"O problema é que nós, astrônomos, não podemos encontrar essas coisas normais que pensamos que devem estar por aí. Estão perdidas, e não sabemos onde", destaca.

Se a estrutura que acabam de descobrir tiver a forma de uma avelã ou de uma bola de tênis, então, é provável que toda essa essência ou bárions estejam escondidas dentro destas lentes.

Mas Bannister está cauteloso. "Não estou seguro de nada até que consigamos medi-la."

Por enquanto, ele desfruta da satisfação de ter encontrado essa estrutura que deixam muitos astrônomos, inclusive ele, desconcertados.

"Tenho três filhos e, todo dia, íamos para o telescópio e eu ficava recebendo os dados com meus filhos sentados em meu colo. Eles me perguntavam o que estava acontecendo, e eu mostrava para eles a informação, que eles não compreendiam", relata.

"Mas eu estava emocionado, e eles estavam emocionados por causa dos belos dados que o telescópio nos estava oferecendo. Isso foi uma grande experiência."
 

Cientistas afirmam ter descoberto o maior sistema solar do universo

Um grupo de cientistas descobriu o maior sistema solar do universo já conhecido, formado por um planeta e uma estrela -- separados por bilhões de quilômetros de distância. As informações são de fontes acadêmicas da Universidade Nacional Australiana.

 (Concepção artística do planeta 2MASS J2126-8140 que orbita ao redor da TYC 9486-927-1)



Os dois corpos estão separados por uma distância equivalente a 6,9 mil unidades astronômicas --uma unidade astronômica equivale à distância entre a Terra e o Sol. Ou seja, um trilhão de quilômetros, segundo um comunicado da universidade.
Esta distância é "aproximadamente três vezes superior" à do que era considerado, até agora, o maior sistema solar existente.
O planeta, conhecido como 2MASS J2126-8140, leva cerca de um milhão de anos terrestres para completar uma volta em torno da estrela anã chamada TYC 9486-927-1.
O planeta formado por gás tem massa 12 a 15 vezes superior à de Júpiter.
"Surpreendeu-nos muito encontrar um objeto de massa baixa [o planeta] tão longe da sua estrela mãe", comentou Simon Murphy, da Faculdade de Astronomia e Astrofísica da universidade australiana.
O astrônomo Murphy e seus colegas notaram a relação entre o planeta e a estrela após perceberem que os dois astros se localizavam a 100 anos-luz da Terra. Análises seguintes mostraram que eles se moviam juntos.
Cientistas não sabem ao certo como o sistema solar pode ter se formado. "Não é provável que ele tenha se formado como o nosso sistema solar, de um grande disco de poeira e gás", disse Murphy.
A equipe de cientistas acredita que o sistema solar seja relativamente jovem e tenha surgido entre 10 a 45 milhões de anos atrás, em comparação com o nosso sistema solar, que tem cerca de 4,5 bilhões de anos. (Com as agências internacionais)

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