Calendário Astronômico com Chuvas de Meteoros





 Datas e Horários
OBS: Os horários que estiverem em UTC, significa que eles estão medidos no Tempo Universal Coordenado (em inglês: Coordinated Universal Time), ou UTC (sigla de Universal Time Coordinated). Dica: Pesquise sobre FUSO HORÁRIO para saber o horário em seu Estado.
Os Horários que não estiverem marcados em UTC, significa que é o horário padrão de Brasília.

 AGOSTO
 ·  12 e 13 de agosto - . Perseidas - chuva de meteoros:  As Perseidas é um das melhores chuvas de meteoros para observar, produzindo até 60 meteoros por hora em seu pico. O pico geralmente ocorre entre 13 e 14 de agosto, o ponto radiante para esta chuva será na constelação de Perseu. Uma fina lua crescente vai compartilhar o céu este ano, mas não deve causar problemas para o que deveria ser um excelente show. Encontre um local longe das luzes da cidade e olhar para o nordeste depois da meia-noite.

·  14 de agosto - . Lua Nova: A Lua estará em um alinhamento perfeito entre a Terra e o Sol, mas infelizmente não será visível da Terra. Esta fase ocorre a 14:53 UTC.

·  29 de agosto - . Lua Cheia - Uma lua gigante ficará no céu durante esse tempo, ótimo para observações a olho nú. Esta fase ocorre a 18:35 UTC.

SETEMBRO
·  01 de setembro - . Netuno em oposição - O planeta Netuno terá a sua maior aproximação à Terra. Esta é a melhor hora para ver Netuno, utilize no Stellarium disponibilizado aqui no nosso site na aba de Downloads para saber a localização do planeta na sua cidade. Infelizmente, um telescópio simples verá apenas um ponto azul, para maiores detalhes, é necessário um telescópio mais potente, pois o planeta está muito distante da Terra e reflete pouca luz do Sol.

·  13 de setembro - . Lua Nova - A lua estará novamente em um alinhamento perfeito. Esta fase ocorrerá as 06:41 UTC. Teremos também um eclipse parcial do Sol,  mas infelizmente só será visível apenas no sul da África, Madagascar, e na Antártida.

·  23 de setembro -  Equinócio - O equinócio de Setembro ocorre as 08:21 UTC. O Sol vai brilhar diretamente sobre o equador e haverá quantidades quase iguais de dia e noite em todo o mundo. Este é também o primeiro dia de outono (equinócio de outono) no hemisfério norte e o primeiro dia da primavera (equinócio vernal) no hemisfério sul.

·  28 de setembro - . Lua Cheia - A lua estará em um alinhamento perfeito e totalmente iluminada pelo Sol. Esta fase ocorrerá a 02:50 UTC.

·  28 de setembro - . Eclipse Lunar Total - O eclipse será visível em quase toda a América do Norte e do Sul (O que inclui nosso País), Europa, África e Ásia ocidental. Basta acompanhar a lua no céu para saber o momento exato (Os horários podem variar em alguns minutos dependendo do seu Estado).

OUTUBRO
·  11 de outubro - . Urano em Oposição - O planeta azul-verde terá a sua maior aproximação à Terra e seu rosto será totalmente iluminada pelo Sol.  Devido à sua distância, ele só vai aparecer como um ponto azul-verde em pequenos telescópios.

·  13 de outubro - . Lua Nova - A Lua estará diretamente entre a Terra e o Sol e não será visível da Terra. Esta fase ocorre a 00:06 UTC.

·  21 e 22 de outubro - Chuva de Meteoros - Os Orionids é um chuva  média de meteoros produzindo cerca de 20 meteoros por hora em seu pico. Esta chuva geralmente tem picos no dia 21, mas é altamente irregular. Um bom espetáculo pode ser experimentado em qualquer manhã de outubro de 20 a 24, e alguns meteoros pode ser visto a qualquer momento a partir do dia 17 a 25. A lua não irá atrapalhar o espetáculo, ficando o céu mais escuro a meia-noite, até quando o dia estiver ficando claro, ainda será possível ver alguns meteoros. Melhor visualização será para o leste após a meia-noite.Certifique-se de encontrar um local escuro longe das luzes da cidade.

·  26 de outubro - . Conjunção de Vênus e Júpiter - Os dois planetas brilhantes serão visíveis dentro de um grau pequeno um do outro no céu da manhã. Olhe para o leste pouco antes do nascer do sol.

·  27 de outubro - . Lua Cheia - A lua terá um efeito de crescimento inesperado, isso ocorre quando a lua "nasce" parecendo ser pequena, e aos poucos vai gradativamente ficando maior. Esta fase ocorre as 12:05 UTC.

·  28 de outubro - . Conjunção de Vênus, Marte e Júpiter - Os três planetas formam um pequeno triângulo no céu da manhã. Olhe para o leste pouco antes do nascer do sol.

NOVEMBRO
·  11 de novembro - . Lua Nova - Lua nova ficará  ocorrerá as 17:47 UTC.

·  17 e 18 de novembro - Chuva de Meteoros - As Leónidas é uma das chuvas de meteoros para observar melhor, produzindo uma média de 40 meteoros por hora em seu pico. A chuva em si tem um ano de pico cíclico a cada 33 anos, onde centenas de meteoros pode ser visto a cada hora. A última delas ocorreu em 2001. Essa chuva atinge o auge em 17 e 18 de novembro, mas você ainda poderá ver alguns meteoros entre 13 a 20 de novembro. O efeito será melhor visto a partir da meia noite tendo melhor visão na constelação de Leão.

·  25 de novembro - . Lua Cheia - A lua estará ótima para observações a olho nú ás 22:44 UTC.

DEZEMBRO
·  07 de dezembro - . Conjunção da Lua e de Vênus - A lua crescente virá junto com o brilhante planeta Vênus no céu da manhã. Olhe para o leste pouco antes do nascer do sol.

·  11 de dezembro - . Lua Nova - Ocorrerá ás 10:29 UTC.

·  13 e 14 de dezembro -  Chuva de Meteoros - Considerado por muitos como a melhor chuva de meteoros no céu, os Geminids são conhecidos pela produção de até 60 meteoros por hora multicoloridos em seu pico. O pico da chuva ocorre geralmente em torno de 13 de Dezembro, com seu auge no dia 14, embora alguns meteoros já podem ser avistados a partir do dia 06 indo até o dia 19 de Dezembro. O ponto radiante para esta chuva estará na constelação de Gêmeos. Uma fina, lua crescente irá definir o início da noite, deixando o céu escuro para um verdadeiro espetáculo. Melhor visualização geralmente é para o leste da constelação de Gêmeos após a meia-noite a partir de um local escuro.

·  22 de dezembro - . Solstício de Dezembro - O solstício de dezembro ocorre as 04:48 UTC. O Polo Sul da Terra será inclinado em direção ao Sol, que terá atingido a sua posição mais austral do céu e será diretamente sobre o Trópico de Capricórnio em 23.44 graus de latitude sul. Este é o primeiro dia do inverno (solstício de inverno) no hemisfério norte e o primeiro dia do verão (solstício de verão) no hemisfério sul.

·  25 de dezembro - Lua Cheia -  A lua estará em seu auge as 11:11 UTC.
 

Dicas de observações: Binóculos

Podemos usar binóculos na astronomia?
A resposta é: Claro!







Os binóculos são importantes instrumentos na astronomia. Isso acontece porque o binóculo possui 3 grandes vantagens:
1) Ele possui um grande campo de visão.
Com um campo de visão grande (tipicamente 6º), fica muito mais fácil achar um objeto no céu. Essa inclusive é a principal razão de que até mesmo os mais experientes astrônomos amadores usarem binóculos junto aos seus telescópios. Com isso, um bom binóculo te acompanhará para toda a sua vida.
2) Apresenta uma visão correta.
Outro ponto que facilita em muito a localização de objetos no céu. Geralmente os telescópios mostram imagens de cabeça para baixo, ou de forma espelhada. Os binóculos não.
3) Não precisa de um tripé para ser usado.


Isso agiliza muito o setup para a observação. Você pode dar uma espiadinha rápida durante a semana sem precisar montar tripé, banco, oculares e outros acessórios.
O recomendado é que todo astrônomo amador comece com um bom binóculos... Mas para isso, precisamos entender algumas especificações dos binóculos, hoje ensinaremos algumas especificações de um binóculos e seus conceitos técnicos... Bom, vamos lá!
Uma das principais dúvidas é o que significam os números dos binóculos ? Bem, a resposta correta seria a especificação dele, porém muitos fabricantes enganam os consumidores maquiando o modelo com códigos que parecem a especificação.
Quando se lê num binóculo básico 10X50 o fabricante sério quer dizer que esse modelo tem capacidade de ampliação de 10X ou 10 vezes e uma lente frontal de 50mm ou 5cm de diâmetro. Mas como você pode medir o diâmetro ? Basta usar uma régua e verificar a largura do vidro da lente frontal.
Por exemplo, um famoso binóculo SONGDA MIKULA 15x80. Sendo que a lente frontal de 60mm ou 6cm realmente não condiz com a realidade.
Os modelos com zoom são parecidos por exemplo 10-30X50 signifca que podem aumentar a imagem de 10 a 30 vezes com lente frontal de 50mm. Novamente vale a regra da régua.
Pois bem navegando no Mercadolivre e outros sites encontramos diversos modelos tipo 30-260x160. FUJA DESSES MODELOS. Pois basta medir o diâmetro da lente para ver que ele não tem 160mm ou 16cm de largura de vidro. E nem aumenta de 30 a 260 vezes. Isso simplesmente não existe em nenhum modelo de R$ 300. Você vai jogar dinheiro no lixo e perder seu precioso tempo. E normalmente olha as lentes vermelhas (RUBICON) neles.
Sem contar os modelo 10x50x100 que não quer dizer absolutamente nada e demonstram a total ignorância do vendedor ou fabricante.
Resumo: Não acredite em milagres. Para astronomia os binóculos variam de 10 a 30 vezes de aumento. Com diâmetros de 50 a 100mm. Qualquer coisa acima disso desconfie.

Outro ponto importante é a saída de pupila... Basicamente quanto maior a lente frontal mais luz entra no sistema ótico do binóculo. Ao passar pelas lentes e prismas a imagem é ampliada num determinado número de vezes. Logo quanto mais luz melhor e temos de encontrar um ponto de equilibrio com relação a ampliação. Do contrário acabamos com uma região muito pequena no centro da imagem que fica realmente em foco e ampliada e o restante da imagem totalmente distorcida.
Esse efeito ocorre em binóculos que aumentam demais a imagem e extrapolam o limite teórico de ampliação. Por exemplo um binóculo de 10-30x50 pode ter uma saida de púpila que varia de 50/10 = 5 até 50/30 = 1.66.


 

 Não recomendamos nenhum modelo com saída de púpila menor que 1. Pois nesse caso o aumento é maior que o próprio diâmetro da lente. Por exemplo o famoso MICULA 15-250x150. Teria uma saída de púpila variando entre 150/15 = 10 e 150/250 = 0.6. FUJA DESSES MODELOS !
A saída de púpila pode ser facilmente medida com uma régua assim como o diâmetro da lente frontal. Basta colocar a régua na lente de saída da imagem e olhar a uma distância de meio metro medindo assim a saída de púpila. Novamente a régua de R$ 1 pode salvar algumas centenas de R$ do seu orçamento.

Adolescente descobre planeta a 1000 anos-luz da Terra

Para quem subestima a capacidade e o valor de um estagiário essa notícia vai servir para destruir conceitos e rever relações.
Um adolescente inglês descobriu, aos 15 anos, um planeta enquanto trabalhava em um projeto do governo britânico chamado projeto Wide Angle Search for Planet, durante um estágio na universidade Keele, Inglaterra.
O novo planeta é o 142º a ser encontrado no projeto e foi denominado de WASP-142b (nome que mescla as iniciais do projeto com o número do ranking de descoberta do planeta). Está a cerca de mil anos-luz de distância da Terra, dentro da constelação Hydra, ao sul e possui, aproximadamente, o tamanho de Júpiter.
Dois anos depois desse ocorrido, após diversas análises cientistas legitimaram a veracidade dessa descoberta, assim Tom Wagg, entra para a história como a pessoa mais jovem a descobrir um planeta.
Hoje com 17 anos Tom Wagg mostra que grandes descobertas independem de idade e titulação. Então não se deve subestimar o trabalho de um estagiário, pois ele tem a capacidade de superar o seu mestre.

Estrelas binárias propiciam vida em planetas de sua órbita

 
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/0e/Orbit5.gif/300px-Orbit5.gif 


Planetas orbitando sistemas estelares binários têm que lidar com os estresses de mais de uma estrela. Mas uma nova pesquisa revela que estrelas binárias próximas poderiam ser tão boas quanto estrelas únicas quando se trata de abrigar planetas habitáveis. Gêmeas de pouca massa poderiam ser as melhores hospedeiras, porque sua energia combinada estende a região habitável para além do que existiria ao redor de uma única estrela.

Depois de modelar uma variedade de sistemas binários, dois astrônomos determinaram que estrelas com 80% da massa do Sol, se próximas o suficiente, poderiam permitir condições ideais para abrigar planetas habitáveis.

“Potencialmente, a vida tem ainda mais chance de existir em sistemas binários do que em sistemas únicos”, contou Joni Clark, estudante de graduação da New Mexico State University à revista Astrobiology. Clark trabalhou com o astrofísico Paul Mason da University of Texasem El Paso.

Avançando os limites

Estrelas de pouca massa são de duas a três vezes mais comuns que o Sol. Há tantas delas que a probabilidade favorece chances maiores de abrigar planetas. Mas seu tamanho reduzido também significa que elas liberam mais radiação ultravioleta no início de suas vidas e ventos solares perigosos na zona habitável, duas coisas importantes em se tratando de manter um nicho para a existência da vida. Planetas devem ficar extremamente próximos de pequenas estrelas únicas para colher seus benefícios, uma posição que oferece vários desafios.

Esses planetas têm uma tendência maior a ficarem presos por forças gravitacionais de maré, com um lado permanentemente virado para seu sol, e a sofrer fortemente os efeitos de qualquer atividade estelar.

Mas quando duas estrelas assim formam um par próximo, sua energia combinada estende a região habitável e a torna maior, minimizando algumas das ameaças enfrentadas por planetas que orbitam estrelas de pouca massa.

“Assim temos muito mais espaço para os planetas”, observou Clark.

Mas nem todo sistema binário funciona. Zonas habitáveis recebem os melhores efeitos quando as estrelas de pouca massa estão próximas, circundando uma à outra a cada dez dias ou menos. Todos os tipos de radiação provenientes de duas estrelas tão próximas seriam mais consistentes, e os planetas que as orbitam se pareceriam com um planeta orbitando uma estrela única.

Mas quando as estrelas estão distantes, é mais provável que a órbita do planeta seja instável, já que ele está sujeita ao arrasto gravitacional com mais intensidade, primeiro de uma estrela e depois da outra. Quando as estrelas ficam separadas, planetas em órbita passariam por mudanças significativas de temperatura. Com uma distância grande o suficiente, planetas só orbitariam uma estrela, com a possibilidade de ocasionalmente entrarem na zona de perigo da outra.

“Há muitas regiões ao redor de sistemas binários em que uma órbita estável simplesmente não é possível”, explica Stephen Kane, do Instituto de Tecnologia da Califórnia. Kane, que estuda as zonas habitáveis de planetas que orbitam estrelas binárias, não envolvidoeu na pesquisa de Clark e Mason.

Condições de vida

As condições de vida nos planetas variariam com base na cobertura de nuvens, que poderia ajudar a isolar o planeta e a protegê-lo da radiação ultravioleta. Essa cobertura de nuvens poderia ajudar a proteger o planeta das mudanças que ele sofreria quando sua órbita o levasse primeiro para perto de uma estrela, e depois da outra.

“A variação da temperatura na superfície do planeta dependeria das propriedades da atmosfera e de sua capacidade de absorver esse fluxo e variação de temperatura”, explicou Kane.

Clark e Mason simularam vários sistemas binários próximos, calculando as temperaturas e radiação que poderiam existir para planetas em órbita durante a vida da estrela. Eles apresentaram seus resultados na reunião da American Astronomical Societyem janeiro. Depoisde levar em conta a cobertura de nuvens e o fluxo das estrelas, eles determinaram que as situações mais estáveis viriam de gêmeas binárias, estrelas com aproximadamente a mesma massa. Dessas, um par de estrelas com 80% da massa do Sol atingiria o que Clark chamou de “ponto ideal”, ainda que vários tipos de gêmeas e outras combinações especiais também funcionassem bem.

No caso de estrelas gêmeas próximas, “como elas têm massas semelhantes e estão tão próximas, é muito provável que tenham nascido ao mesmo tempo”, compara Clark

Essas estrelas teriam tempos de vida semelhantes, extinguindo-se aproximadamente ao mesmo tempo, mas com uma zona habitável 40% mais longa que suas contrapartes solitárias. No caso de estrelas de pouca massa, esses períodos poderiam superar em muito o tempo de vida do Sol, durando até 20 bilhões de anos.

“Outros grupos recentemente mostraram que planetas próximos de estrelas de qualquer tipo sofrem perda de água, como Vênus, e erosão atmosférica, principalmente no início da vida da estrela. Esses efeitos podem ocorrer mesmo em planetas que contam com a proteção de um campo magnético”, observa Mason. “A beleza de binárias próximas é que suas zonas habitáveis ficam muito distantes”.

Sistema Tatooine

Kepler-47 fornece um sistema diferente com propriedades fascinantes. Em vez de gêmeas, o famoso sistema “Tatooine” contém uma estrela tão massiva quanto o Sol, e outra com apenas um terço desse tamanho. Um único planeta orbita a zona habitável, apesar de ser massivo demais para ser considerado um bom candidato para a vida. Eventualmente, a estrela maior terá o mesmo destino de nosso Sol, expandindo-se até se tornar uma gigante vermelha massiva e mudando a chance de sobrevivência de planetas que orbitam o par. A estrela menor continuaria vivendo, mas isso é pouco confortante para os planetas que sofreram mudanças em suas regiões habitáveis. Mesmo assim, durante o tempo de vida da estrela mais massiva, a estrela menor forneceria luz e calor extras que poderia ser um bônus para a vida em potencial.

De acordo com Clark e Mason, como estrelas de pouca massa são tão frequentes, e como a maioria das estrelas da galáxia fica em pares binários, as chances de encontrar binárias próximas de pouca massa é alta. Eles avisam que ainda não encontraram os números exatos, mas Mason acredita que esses sistemas “não sejam incomuns de maneira nenhuma”, e pode haver tantos pareamentos assim quanto há estrelas únicas como o Sol.

“Posso imaginar que uma binária com 0,8 massas solares, com uma separação de menos de um décimo de uma unidade astronômica [a distância da Terra até o Sol], teria muitas possibilidades de órbitas estáveis dentro da zona habitável”, conclui Kane. 

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10 coisas incríveis do seu dia a dia que foram inventadas pela NASA





A NASA foi criada em 1958, pelo presidente americano Dwight D. Eisenhower. Desde o início, ela tem como objetivo fazer pesquisa espacial e beneficiar todo o mundo. Trabalhando em associação com empresas privadas e equipes de pesquisa, a agência espcial já registrou 3.600 patentes, e forneceu conhecimento ou tecnologia para itens de segurança, saúde, comunicações e até mesmo entretenimento.
Desde 1976, ela tem publicado anualmente uma lista de tecnologias e produtos desenvolvidos pela indústria e que tem alguma ligação com suas pesquisas. Trata-se do anuário “Spinoff“, no qual você pode encontrar referências a coisas como marca-passos aperfeiçoados, máquinas de exercício top de linha, e rádio satélites. Tudo possível graças às ideias ou inovações da NASA.

Conheça aqui 10 destes produtos que você talvez tenha usado, ou ainda vai usar:
10 – Aparelhos ortodônticos invisíveis
O famoso “sorriso metálico” é o terror de muitos adolescentes, mas ficar com a boca cheia de metal é necessário para garantir dentes em ordem. Ou pelo menos era. Em 1987 foram lançados os aparelhos ortodônticos invisíveis, e atualmente existem várias empresas fabricando os mesmos.
Eles são feitos de alumina policristalina translúcida (TPA), desenvolvida por uma companhia chamada Ceradyne, em conjunto com a Pesquisa Avançada de Cerâmica da NASA, para proteger as antenas de infravermelho de mísseis com rastreadores de calor.
Ao mesmo tempo, outra companhia, a Unitek, estava trabalhando em um novo desenho para aparelhos protéticos, um que seria mais bonito e não teria o metal brilhante. Ela descobriu que o TPA seria forte o suficiente para ser usado e era translúcido, o que o tornava ideal para os aparelhos invisíveis. Com a popularidade instantânea obtida, os aparelhos ortodônticos invisíveis estão entre os produtos de maior sucesso da indústria ortodôntica.
9 – Lentes resistentes a arranhões
Em 1972, a Administração de Drogas e Alimentos americana passou a exigir que as lentes de óculos usassem plástico em vez de vidro nas lentes de óculos, principalmente por causa do risco representado pelos cacos que os vidros produzem ao quebrar. Além disso, o uso de lentes plásticas tem outras vantagens: o plástico é mais barato, absorve melhor a radiação ultravioleta, é mais leve, e menos propenso a se quebrar.
Mas ele tem um ponto fraco: tende a se arranhar facilmente, e uma lente toda arranhada não melhora a visão de ninguém. A NASA, por outro lado, precisava de um revestimento que protegesse os equipamentos espaciais, principalmente os visores dos astronautas, de poeira e partículas que são encontradas no espaço. A solução veio na forma de um revestimento antiarranhões aplicado sobre as superfícies a serem protegidas, desenvolvido no Centro de Pesquisas Ames.
A empresa Foster-Grant, fabricante de óculos escuros, viu aí uma oportunidade e licenciou a tecnologia da NASA para seus produtos. A lente de plástico com revestimento especial lançada em 1984, chamada Space Tech Lens, é dez vezes mais resistentes a arranhões que as lentes sem revestimento.
8 – Espuma “com memória”
Para diminuir o impacto durante pousos, a NASA desenvolveu um plástico com capacidade de distribuir igualmente qualquer peso e pressão aplicados nele, o que faz com que absorva choques. Mesmo depois de ser comprimido até 90%, ele irá retornar à sua forma original. Por estas características, ele também é usado por empresas de aviação privadas e comerciais na confecção de assentos.
Mas os usos da “espuma plástica” vão além dos céus. As características de distribuição de peso e sensibilidade térmica tornam a tecnologia importante para pessoas que estão acamadas ou presas a leitos. Os médicos podem desenhar colchões de espuma para reduzir a pressão em certas partes do corpo e evitar desconfortos. Outras companhias integraram esta espuma em membros prostéticos, por que ela tem o aspecto e dá a mesma sensação de pele, além de diminuir a fricção entre as próteses e as juntas.
Outros usos comerciais incluem estofamento para bancos de motos, moldes personalizados para costura, e proteção para pilotos de corrida.
7 – Termômetro auricular
A cada ano, cerca de um bilhão de leituras de temperatura são feitas nos hospitais dos Estados Unidos. Considerando a falta de enfermeiras, e o tempo que leva para um termômetro de mercúrio apresentar a leitura correta, a empresa Diatek resolveu, em 1991, aproveitar a tecnologia que a NASA usa para medir a temperatura de estrelas usando o infravermelho.
Em conjunto com o Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, a companhia criou um sensor de infravermelho que serve como termômetro auricular. Este tipo de termômetro faz a leitura da energia térmica que é dissipada pelo tímpano que, como está dentro do corpo, fornece uma leitura mais exata da temperatura corporal. Eles fornecem uma leitura muito mais exata da temperatura, e em menos de dois segundos.
6 – Palmilhas
Quando Neil Armstrong deu o primeiro passo na lua, ele estava usando botas especiais, que davam elasticidade às passadas e forneciam ventilação. As companhias de calçados desportivos adotaram esta tecnologia na construção de calçados melhores, que diminuíssem o impacto sofrido pelos pés e pernas.
Uma destas companhias foi a KangaROOS, que aplicou os princípios e materiais das botas lunares em uma nova linha de calçados desportivos, no meio da década de 1980. Eles patentearam um tecido tridimensional de espuma de poliuretano Dynacoil, que distribuía a força aplicada pelo pé. Ao torcer as fibras dentro do tecido, o KangaROOS absorve a energia da passada, devolvendo-a depois ao pé.
Outro fabricante de calçados, a AVIA, também converteu a tecnologia do calçado lunar em calçados atléticos. A câmara de compressão patenteada AVIA fornece o efeito de mola e de absorção de choque a calçados por longos períodos de uso.
5 – Comunicação a longa distância
A capacidade de manter conversas telefônicas a longas distâncias não apareceu da noite para o dia, e não é o resultado de uma invenção específica da NASA, mas é o resultado de décadas de trabalho.
Antes do homem ir ao espaço, a NASA construía satélites que podiam comunicar-se com o pessoal em solo, informando como era o espaço exterior. Usando uma tecnologia similar, cerca de 200 satélites de comunicação orbitam o planeta a cada dia. Estes satélites recebem e enviam mensagens que permitem que conversemos com amigos em Pequim quando estamos em São Paulo. A NASA monitora a posição e o estado geral destes satélites para garantir que as comunicações não sejam interrompidas.
4 – Detector de fumaça ajustável
Quando estava construindo a primeira estação espacial americana, o Skylab, a NASA precisava de uma forma de informar aos astronautas se houvesse fogo ou gases tóxicos no veículo. A agência então juntou-se à Honeywell Corporation, e inventou o primeiro detector de fumaça com diferentes níveis de sensibilidade, para evitar alarmes falsos.
O primeiro detector de fumaça e gases tóxicos a ser comercializado era chamado de detector de fumaça de ionização. Ele usava um elemento radioativo, o amerício 241, para detectar fumaça e gases perigosos. Quando partículas de oxigênio e nitrogênio passam pelo detector, o amerício 241 ioniza as mesmas, o que cria uma corrente elétrica. Se partículas estranhas entrarem no detector, a corrente é interrompida, disparando o alarme.
3 – Ranhuras de segurança
Nos anos 1960, a NASA estava trabalhando para melhorar a segurança dos pousos e decolagens de aeronaves no Centro de Pesquisa Langley, e uma das coisas que eles experimentaram foi criar ranhuras na pista de rolagem. As ranhuras servem para dar vazão ao excesso de água durante chuvas, e também aumentar a fricção entre os pneus e o concreto, aumentando a segurança dos veículos.
Quando os engenheiros de tráfego perceberam que as ranhuras funcionavam bem, passaram a aplicar as mesmas técnicas em autoestradas. De acordo com a NASA, as ranhuras diminuíram os acidentes, como os causados por aquaplanagem, em 85%.
Hoje você encontra as ranhuras de segurança em travessias de pedestres, ao redor de picinas e em currais. Esta inovação acabou criando uma indústria, representada pela International Grooving & Grinding Association.
2 – Ferramentas sem fio
Esta não é uma invenção original da NASA, mas da Black & Decker, que criou a primeira ferramenta à bateria em 1961. A NASA apenas refinou a tecnologia de forma a permitir equipamentos médicos mais leves, aspiradores de mão, e outras ferramentas.
Tudo por que precisavam de ferramentas para coletar amostras de rocha e solo lunar. A furadeira deveria ser leve, compacta e poderosa o suficiente para cavar fundo na superfície da lua. Carregar um fio seria complicada, então a NASA, junto com a Black & Decker, inventou uma furadeira de motor a magnetos sem fio. Depois do projeto da NASA, a Black & Decker aplicou os mesmos princípios para criar outras ferramentas leves e à bateria para usuários comuns.
1 – Filtros de água
A água é essencial à sobrevivência. Sendo assim, a capacidade de converter água contaminada em água pura é um feito científico incrivelmente importante.
A tecnologia para filtrar a água existe desde os anos 1950, mas a NASA precisava saber como limpar a água em condições mais extremas, e como mantê-la limpa por longos períodos de tempo, já que um astronauta doente no espaço por causa de águas contaminadas seria muito problemático.
Se você examinar um filtro de água, vai ver pequenos grumos de carvão dentro dele. Algumas vezes, quando um filtro é usado pela primeira vez, é possível até notar algumas manchas pretas destes grumos. Este carvão é especialmente ativado e contém íons de prata que neutralizam os patógenos presentes na água. Além de matar as bactérias na água, os filtros também evitam crescimentos posteriores de bactérias. Algumas companhias estão usando esta mesma tecnologia para fornecer sistemas de filtro de água usados nas casas.
Bônus: E o mito do suco Tang?
Muitas pessoas acreditam que os sucos em pó Tang foram criados pela NASA para que os astronautas bebessem algo diferente enquanto orbitavam no espaço. Essa afirmação é falsa e pode ter se propagado quando a NASA utilizou os produtos Tang no projeto Mercury, que ocorreu em 1962. Como grande parte das pessoas só conhecem o suco solúvel das missões espaciais, ele ficou imediatamente associado à NASA.
Explicando o erro de forma detalhada:
A pesquisa e inovação financiada pela NASA tem um papel importante nas nossas vidas, mas algumas vezes as pessoas atribuem à NASA produtos dos quais ela não participou. Um dos enganos mais comuns envolve uma bebida em pó, o Tang. Você talvez já tenha ouvido falar que o Tang foi feito pela NASA, mas na verdade a General Mills fabricou o Tang pela primeira vez em 1957. O erro talvez se deva ao fato que ele foi selecionado para uma experiência para encontrar a comida ótima para o ambiente espacial, em 1962.

Kepler 452b, a Terra do futuro?

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O exoplaneta se chama Kepler 452b e faz parte do novo catálogo com 500 novos "candidatos". Dentre eles, 12 têm raio menor que o dobro do raio da Terra e estão na zona de habitabilidade de suas estrelas, 9 deles em órbita ao redor de estrelas do mesmo tipo do Sol. Como já disse, todos os candidatos vão precisar de confirmação posterior e os melhores telescópios da Terra vão tentar fazer isso nos próximos anos.
O caso de Kepler 452b parece ser o mais interessante da lista, então a equipe do Kepler já usou telescópios no Arizona e no Havaí para confirmar que se trata mesmo de um planeta. Os dados obtidos dão maiores detalhes sobre o exoplaneta, por exemplo, seu diâmetro é 60% maior do que o da Terra, o que o faz dele uma ‘super Terra’.
 O exoplaneta leva 385 dias terrestres para completar uma órbita, ou seja, o ano por lá dura 5% a mais que o nosso. Lá onde? A estrela que hospeda esse exoplaneta se chama Kepler 452 e é uma estrela do tipo espectral G, o mesmo tipo do Sol que está a 1.400 anos luz de distância, na constelação do Cisne. Mas a estrela é um tanto mais evoluída, tem um bilhão de anos a mais que o nosso Sol e conforme uma estrela evolui, sua luminosidade aumenta, ou seja, emite mais radiação. Apesar de ter a mesma temperatura do Sol, seu diâmetro é 10% maior e seu brilho 20% maior. Isso tudo combinado faz com que a temperatura esperada na região onde o planeta está seja maior também. Claro, temos que considerar que ele seja realmente rochoso e possua atmosfera, o que não temos como saber por enquanto.
 Por que a dúvida sobre a composição do planeta? Ele não é mesmo rochoso? As estatísticas dos exoplanetas confirmados mostram que a pelo menos metade dos exoplanetas que são maiores que a Terra, nessa proporção de 60%, são na verdade gasosos. Mas dadas todas as evidências combinadas, é bem provável que ele seja mesmo rochoso.
De qualquer maneira, trata-se do primeiro candidato sério a planeta rochoso na zona habitável de uma estrela parecida com o Sol. Na verdade, o cenário mais se parece com o que a Terra vai vivenciar daqui um bilhão de anos, com a evolução do Sol, que também vai inflar e brilhar mais. Douglas Caldewell, astrônomo do Instituto SETI envolvido com a descoberta chama Kepler 452b de ‘prima mais velha da Terra’. Com tanta similaridade, o mesmo SETI já apontou suas antenas para a estrela, tentando captar alguma transmissão suspeita, mas nada foi detectado até agora. Outros rádio telescópios devem aderir a essa campanha em breve.
Ainda não foi dessa vez que apareceu uma gêmea da Terra, mas a descoberta de uma prima mais velha, no local adequado mostra que estamos caminhando bem. Em breve, a foto da família vai melhorar e o próximo passo vai ser procurar por indícios de vida.

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Aprenda com a History Channel como o nosso Sistema Solar foi criado

Aprenda com esse documentário completo em português da "history channel" como o nosso sistema solar foi criado:




Nasa mostra buraco negro ''arrotando'' raios-X

O buraco negro V404 Cygni estava "quieto" desde 1989

Um satélite dos Estados Unidos fotografou o que astrônomos descreveram como simplesmente o "arroto" de um buraco negro. O Swift, controlado pela Agência Espacial Americana (Nasa), detectou um pulso de raios-X emitido por um buraco negro batizado de V404 Cygni.
Localizado na constelação de Cisne, a 8 mil anos-luz da terra, o corpo celeste já tinha "arrotado" antes, mas a última vez tinha sido em 1989.
Raridade
"Esse tipo de erupção é bastante raro. Quando detectamos um, usamos tudo o que temos para monitorar suas emissões, dos sinais de rádio aos raios gama", explica Neil Gehrels, astrônomo da Nasa.
"No momento, V404 Cygni está mostrando uma variação excepcional nas emissões e oferece uma rara chance de observarmos (o fenômeno)".
O Swift não é um satélite comum: ele tem a habilidade de girar rapidamente para observar as emissões de raios gama, que normalmente duram menos de um minuto, assim como outras rajadas energéticas, incluindo os raios-X. Emissões deste tipo são brilhantes, mas atingem seu pico de intensidade em apenas alguns dias.
Ocorrem quando gases são atraídos pela gravidade dos buracos negros - apesar do nome, eles são estrelas contraídas e cujo pulso gravitacional é capaz de atrair até a luz.
Os buracos negros são extremamente difíceis de serem observados e sua localização normalmente é "denunciada" pelo movimento de corpos celestes próximos. Por isso, a oportunidade apresentada pelo V404 Cygni foi preciosa. Ainda mais porque o buraco negro voltou a "dormir", segundo a Nasa.

(Clique na imagem para ampliar - Imagem: NASA)

Via Láctea é vista a olho nu

Via Láctea é vista a olho nu durante uma noite de verão na cidade de Salgotarjan, a 109 km de Budapeste, na Hungria. A foto, divulgada ontem, foi tirada em 20 de julho de 2015

(Clique na imagem para ampliar)

Stephen Hawking lança o maior programa de busca de vida extraterrestre

O famoso astrofísico britânico Stephen Hawking lançou nesta segunda-feira (20) um ambicioso programa que buscará vida extraterrestre no espaço, considerando que "em um universo infinito, deve haver traços de vida".

O projeto Breakthrough Listen, apoiado pelo empreendedor russo Yuri Milner, terá uma duração de 10 anos e custará 100 milhões de dólares, sendo a tentativa mais poderosa, completa e intensiva de buscar sinais de vida inteligente extraterrestre no universo.

"Em um universo infinito, devem existir outros casos de vida. Pode ser que, em algum lugar do cosmos, talvez exista vida inteligente", declarou Hawking no lançamento deste projeto na Royal Society, a academia britânica de Ciências, em Londres.

"Seja como for, não há maior pergunta. É hora de se comprometer a encontrar uma resposta, de buscar vida além da Terra. Devemos saber", acrescentou o cientista, autor de trabalhos sobre a expansão do universo, os buracos negros e a teoria da relatividade.

O projeto utilizará alguns dos maiores telescópios já criados para buscar sinais de laser e espectros eletromagnéticos.

"Breakthrough Listen eleva a busca de vida inteligente no universo a um nível completamente novo", assegurou Yuri Milner, afirmando que o projeto permitirá recolher em apenas um dia uma quantidade de dados equivalente a um ano de pesquisas.

Segundo especialistas, a zona de trabalho será dez vezes superior às precedentes. Além disso, Breakthrough Listen permitirá detectar, 100 vezes mais rápido, ao menos cinco vezes mais frequências eletromagnéticas.

Apesar dos recursos comprometidos, a busca por vida extraterrestre inteligente é "uma grande aposta", considerou um dos principais líderes do projeto, o professor de astronomia britânico Martin Rees.

"Mas a recompensa seria tão colossal que a aposta vale a pena, mesmo que as chances de sucesso sejam baixas", ressaltou.

Em paralelo a esta iniciativa, foi lançado o projeto Breakthrough Message, uma competição internacional para criar mensagens digitais que representem a humanidade.

Até o momento não foi decidido enviar mensagens ao espaço, e o projeto deve gerar debate sobre se os seres humanos devem fazer isso ou não.

"Uma civilização lendo uma de nossas mensagens poderia estar a milhares de milhões de anos à nossa frente", disse Stephen Hawking, de 73 anos. "Eles seriam muito mais poderosos e não nos dariam mais importância do que nós damos às bactérias".

O astrofísico já havia enfatizado anteriormente que a história humana fornece muitos exemplos de encontros trágicos para civilizações menos avançadas, tais como os Incas com os espanhóis.

"Queremos conhecer a história (dos extraterrestres), os seus modelos sociais, como eles concebem a origem do universo", reagiu Ann Druyan, que enviava música para o espaço por meio do programa americano de exploração Voyager na década de 1970.

Mas antes de mergulhar nessas discussões acaloradas com possíveis formas inteligentes vindas de outros lugares, a primeira mensagem poderia ser simplesmente "Olá", ela disse.

Nasa divulga foto inédita de pôr do Sol em Marte

Fenômeno revela tons azulados na atmosfera do Planeta Vermelho
A imagem foi feita em abril, de dentro da cratera chamada de Gale. O surgimento do Sol no horizonte traz tons de azul-escuro ao planeta

(Foto: Reprodução/Nasa)
 

Astrônomos descobrem sistema com cinco sóis em Ursa Maior








Astrônomos britânicos anunciaram a descoberta de um sistema solar com nada menos que cinco sóis, na constelação de Ursa Maior.
Distante 250 mil anos-luz da Terra, o grupo de estrelas é inédito por conta de sua configuração: duas estrelas binárias e uma "simples", um agrupamento jamais antes encontrado.
A descoberta foi anunciada num encontro anual de astrônomos britânicos, na cidade de LLandudno, no País de Gales. Ela foi possível graças ao uso de um sistema robotizado de telescópios operando continuamente nos dois hemisférios terrestres - um nas Ilhas Canárias, próximo à Espanha, e outro em Sutherland, na África do Sul.
"Sol-satélite"
Os pares de binárias seguem uma órbita em torno do mesmo centro de gravidade, mas estão separados por uma distância de mais de 21 bilhões de quilômetros - mais de três vezes maior, por exemplo, que a separando Plutão do Sol.
Uma das estrelas duplas é o que a astronomia conhece como "binária de contato" - elas estão próximas o suficiente para se tocarem ou mesmo se fundirem, e compartilham da mesma exosfera (atmosfera externa).
O outro par está separado por 3 milhões de km. E conta com uma espécie de "sol-satélite".
Segundo um dos astrônomos que fizeram a descoberta, Marcus Lohr, o sistema solar pode conter planetas ou mesmo abrigar vida.
"Trata-se de um sistema verdadeiramente exótico. Em princípio, não há razão para que ele não contenha planetas. Habitantes teriam um céu capaz de botar os produtores de Guerra nas Estrelas no chinelo", brincou Lohr, referindo-se às paisagens fantásticas da série de filmes de ficção científica.
"Eles poderiam ter nada menos que cinco sóis de diferentes brilhos ao mesmo tempo no céu".
Lohr disse ainda que, apesar da configuração inédita do sistema em Ursa Maior, um outro grupo de cinco estrelas já foi descoberto pelo telescópio Kepler, na Nasa, a Agência Espacial dos EUA.BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Nova versão do Hubble pode buscar vida extraterrestre em 2030

A organização de astrônomos das universidades americanas convocou os colegas a se unirem para que a Nasa comece a planejar o lançamento de uma versão gigante do Telescópio Espacial Hubble nos anos 2030 com o objetivo de buscar vida extraterrestre.
Esse Telescópio Espacial de Alta Definição seria cinco vezes maior e 100 vezes mais sensível que o Hubble, com um espelho de 12 metros de diâmetro, sendo capaz de orbitar o sol a 1,6 milhão de quilômetros da Terra.
Segundo os astrônomos, esse telescópio seria grande o bastante para encontrar e estudar as dezenas de planetas similares à Terra em nossa vizinhança. Ele seria capaz de identificar objetos de apenas 300 anos-luz de diâmetro – ou seja, o núcleo de uma pequena galáxia ou as nuvens de gás que estão se convertendo em estrelas e planetas, afirmou – em qualquer parte do universo observável.
Os argumentos em favor do telescópio são apresentados em um relatório sobre o futuro da astronomia intitulado "From Cosmic Birth to Living Earths" (Do nascimento cósmico a Terras habitáveis, em tradução literal), que foi encomendado pela Associação Universitária da Pesquisa Astronômica (ou Aura, na sigla em inglês), responsável pela operação do Hubble e de muitos outros observatórios da Nasa e da Fundação Nacional de Ciências. Ele foi escrito por um comitê liderado por Sara Seager, do MIT, e por Julianne Dalcanton, da Universidade de Washington.
"Esperamos descobrir se estamos ou não sozinhos no universo", afirmou Matt Mountain, presidente da Aura e antigo diretor do Hubble, em uma conferência de imprensa realizada no Museu Americano de História Natural.
Mountain afirmou que só existe uma chance de dar um passo adiante e entender como o universo e nosso planeta foram formados, além de determinar se existe vida extraterrestre e "podemos ser a geração que fez isso".
Mas apenas se começarmos agora.
Ao publicar o relatório, o grupo Aura dá início a um processo longo, elaborado e extremamente político por meio do qual grandes projetos científicos são escolhidos e financiados. A cada 10 anos, um comitê da Academia Nacional de Ciências entrevista a comunidade astronômica e produz uma lista de desejos para a próxima década. Essa pesquisa, que voltará a acontecer em 2020, serve como base para o congresso e para a Nasa.
A Aura já fez isso antes. Em 1995, a organização publicou um relatório escrito sob a liderança de Alan Dressler dos Observatórios Carnegie em que pedia por um telescópio espacial que sucedesse o Hubble. Esse veio a ser o Telescópio Espacial James Webb, projetado para observar as primeiras estrelas e galáxias do universo e que deve ser lançado em 2018, 23 anos mais tarde. "Nos dias de hoje, só cientistas espaciais conseguem ser tão pacientes", afirmou Mountain.
Entretanto, o custo do telescópio Webb pulou do orçamento calculado em 1,6 bilhão de dólares em 1996 para quase 9 bilhões de dólares, causando um dano gigantesco no restante do orçamento da Nasa. Para que isso não volte a acontecer, os astrônomos da Aura afirmaram que a Nasa deve começar a investir agora nas tecnologias fundamentais para que os telescópios do futuro funcionem.
Portanto, o telescópio de alta definição não é o próximo item na lista da Nasa, nem está no segundo lugar. Após a conclusão do Webb, o próximo projeto se chama WFIRST-AFTA (o nome é péssimo), criado para investigar a energia escura, a substância misteriosa que acelera a expansão do cosmos. Essa missão foi a prioridade número um durante a pesquisa de 2010 e pode ser lançada em 2024, se tudo caminhar conforme o planejado.
O Telescópio Espacial de Alta Definição é a última parada de uma lista empolgante de pesquisa exoplanetária. Graças à espaçonave Kepler, os astrônomos acreditam que por volta de 10 por cento das estrelas de nossa galáxia tenham planetas do tamanho da Terra na distância ideal para que a água seja líquida e a vida possa se desenvolver na superfície do planeta. Mas os planetas que a Kepler descobriu são muito distantes – centenas de anos-luz – para serem estudados corretamente.
Já existe um foguete, o Delta IV Heavy, capaz de lançar esse telescópio, e o Sistema de Lançamento Espacial que a Nasa está desenvolvendo para enviar astronautas ao espaço profundo seria ainda melhor. Se fosse colocado dentro de um foguete, o telescópio teria de se abrir no espaço como uma borboleta, uma técnica que a Nasa espera aperfeiçoar com o Webb.
Além disso, mesmo a 1,6 milhão de quilômetros da Terra, o telescópio poderia ser reparado por robôs ou mesmo astronautas. "Seria loucura não fazer isso", afirmou Neil deGrasse Tyson, diretor do Planetário Hayden, que moderou a discussão sobre o relatório no Museu de História Natural. Ele destacou que 1,6 milhão de quilômetros seria a maior distância já percorrida por um ser humano fora do planeta, estraçalhando o recorde estabelecido pelos astronautas da Apollo 13, que deram a volta em torno da lua e estiveram a 400.000 quilômetros da Terra em 1970.
No fundo da sala estava Michael Massimino, ex-astronauta que reparou o telescópio Hubble duas vezes em órbita e agora é professor da Universidade de Columbia e assessor no Intrepid Sea, Air & Space Museum. Ele afirmou que ficaria feliz em se candidatar para o serviço. Quando eu o questionei ao fim da reunião, ele concordou que até 2030 os seres humanos infelizmente ainda não terão batido esse recorde.
O maior desafio técnico no momento é se livrar do brilho das estrelas para encontrar os planetas em sua órbita. O sol, por exemplo, é 10 bilhões de vezes mais brilhante que a Terra. O telescópio espacial do futuro teria de ser equipado com um coronógrafo interno, um disco capaz de bloquear a luz da estrela central, tornando os planetas mais visíveis, e possivelmente até mesmo a sombra brilhante de uma estrela que flutuaria quilômetros à frente também atrapalhando as imagens. Investir nessa tecnologia de supressão de luz poderia evitar os gastos excessivos que quase levaram ao cancelamento do telescópio Webb há alguns anos.
O que leva à questão delicada de quanto tudo isso iria custar.
Sem os projetos detalhados a partir dos quais uma estimativa poderia ser feita com precisão, Mountain e seus colegas afirmam apenas que esse seria uma das "missões propaganda" da Nasa, como o Hubble. Isso representa um gasto projetado em 10 bilhões de dólares, o mesmo do Grande Colisor de Hádrons do CERN, onde o bóson de Higgs foi descoberto há três anos.
Eu acostumava achar que 10 bilhões de dólares era muito dinheiro antes do pacote de ajuda financeira que salvou os bancos em 2008 com uma injeção de 700 bilhões de dólares – e aparentemente trouxe os sorrisos de volta a Wall Street. Comparado com isso, o orçamento das ciências é dinheiro de pinga em um lugar como o Goldman Sachs. Mas se você não acha que isso é uma pechincha, você nem precisa pensar muito. Empresas como o Google e a Apple se basearam em investimentos modestos nas ciências da computação feitos nos anos 1960 e os transformaram em uma atividade econômica de trilhões de dólares. Nem mesmo Arthur C. Clarke, o grande autor e profeta da era espacial, imaginou que isso aconteceria.
Isso quer dizer que todo esse dinheiro da Nasa – seja ele investido em sondas espaciais ou viagens para a Estação Espacial – é gasto na Terra, em coisas que costumamos querer cada vez mais: alta tecnologia, educação, mão de obra mais especializada, empregos, orgulho na inovação norte-americana e humana em geral, sem falar em uma consciência cósmica mais apurada e uma dose de perspectiva em relação a nossa situação entre as estrelas do universo.
Mesmo que nunca encontremos um micróbio sequer em qualquer outro lugar, o dinheiro gasto na busca pela vida vai melhorar a situação de quem está preso aqui na Terra.
Não há qualquer tipo de ganho com atrasos. Conforme afirmou Seager, do MIT, todo mundo vai continuar querendo saber se estamos sozinhos. "E obter a resposta sempre vai ter um custo".
Ao conversar com os jovens da plateia, Tyson afirmou: "Se você tem 12 anos agora, você terá nossa idade quando isso acontecer e vai ser o responsável por carregar essa chama".

Europa quer criar "aldeia lunar" para astronautas, turismo, mineração e robôs

O novo diretor-geral da Agência Espacial Europeia (ESA), o alemão Johann-Dietrich Wörner, pretende instalar um laboratório permanente para o trabalho de astronautas e robôs na Lua e que sirva de base para eventuais missões a Marte, como centro de mineração ou complexo turístico.

"Proponho ir à Lua e criar uma 'aldeia lunar', o que não significa que vai ter casas, prefeitura e igreja, mas um lugar onde os diferentes países possam aplicar suas competências através de astronautas e robôs", declarou em entrevista à Agência Efe o comandante da ESA para os próximos quatro anos, que assumiu o cargo no dia 1º de julho.

Engenheiro civil, de 60 anos, e até então representante da delegação alemã na ESA, Wörner explicou seu projeto na sede central da agência, em Paris.

"Um laboratório na própria Lua onde seja possível construir um telescópio que, aproveitando a sombra, permita uma melhor observação do que da Terra. Um lugar onde também se possa levar humanos, como ponto de ligação para chegar a Marte, além da possibilidade de se desenvolver a mineração lunar, o turismo, diversas atividades que deveríamos começar a discutir agora", analisou.

O lugar sonhado por Wörner, uma ideia que está nos planos da Nasa há anos, substituiria a Estação Espacial Internacional, laboratório que orbita ao redor da Terra desde 1998 e que representou um marco na colaboração internacional no espaço, mas cuja vida útil terminará entre 2024 e 2028.

Por enquanto, a Europa só se comprometeu a participar dessa aventura científica até 2020, então o primeiro objetivo de Wörner começa por prolongar a contribuição europeia à ISS para depois envolver a ESA na construção de uma "aldeia lunar".

"Se alguém vier com uma ideia melhor, ótimo. Mas pelo menos temos um ponto de partida", comentou Wörner, que dirige uma organização com um orçamento de 4,433 bilhões de euros para 2015, consideravelmente inferior aos 14 bilhões de euros anuais da Nasa ou aos 8,8 bilhões da russa Roscosmos.

O futuro das atividades espaciais após a ISS é apenas um dos muitos desafios de Wörner em uma área onde os projetos são muito ambiciosos, inovadores e se desenvolvem a muito longo prazo.

Um claro exemplo é a sonda Rosetta, que começou a ser projetada nos anos 80, foi aprovada em 1993, lançada em 2004 e, após dez anos viajando pelo espaço, conseguiu pousar seu módulo Philae em um cometa em novembro para colocar "a ESA nos livros de história do espaço".

"A Rosetta é um exemplo perfeito que alguns se equivocavam pensando que os cidadãos só se interessavam pelo retorno direto do investimento financeiro. As pessoas estão muito mais interessadas na ciência e na exploração espacial", disse.

Segundo o diretor-geral da agência, o entusiasmo pelo desconhecido é o que incentiva a exploração científica, com objetivos aparentemente impossíveis, mas tecnológicamente viáveis, como já foram um dia o descobrimento da América e das profundezas marinhas, ou como no futuro será a conquista do planeta vermelho.

"Tenho certeza de que nós iremos a Marte, mas não posso dizer quando. Não é como ir à Lua, onde se houver um problema, como com o Apollo 13, em dois dias você está de volta. Demora dois anos para voltar de Marte com os sistemas de propulsão utilizados hoje", comparou Wörner, que ficaria "muito contente se fosse uma mulher" a primeira a pisar no planeta vizinho.

No primeiro dia de trabalho, Wörner postou em seu blog uma mensagem aos funcionários da ESA com uma referência à ficção científica ao citar o mestre Yoda, de "Star Wars", quando o pequeno jedi verde dizia ao jovem Luke Skywalker: "Não tente. Faça, ou não faça".

"Estamos falando de um futuro muito distante. É melhor focarmos no futuro próximo, não em ir a Marte, mas em voltar à Lua", disse o engenheiro, que acredita que o ser humano não está apenas no cosmos.

Há tantos sistemas no universo que a probabilidade de estarmos sós é muito pequena, argumentou. Segundo ele, "o problema são as distâncias, por exemplo, de bilhões de anos para que um sinal de rádio chegue a um ponto. Talvez no futuro tenhamos tecnologias melhores, como a nave Enterprise de Star Trek", brincou.

"A possibilidade de haver vida é muito evidente, mas nós não a conheceremos", concluiu o sucessor do ex-astronauta francês Jean-Jacques Dordain no comando geral da ESA.

Cinco coisas surpreendentes sobre a missão da Nasa a Plutão

Após uma espera de nove anos e meio, uma das missões mais ambiciosas da exploração espacial deve cumprir seu objetivo.
Essa manhã, às 11h49 GMT (7h49 no horário de Brasília), a sonda New Horizons, da Nasa, se tornará a primeira a visitar Plutão.
A expectativa é a de que essa viagem ao planeta anão possa oferecer uma visão mais completa de uma região completamente inexplorada do nosso Sistema Solar.
Na véspera, uma medição feita pela sonda não-tripulada revelou que Plutão é um pouco maior do que se pensava, com um diâmetro de 2.370 km - quase a distância entre São Paulo (SP) e Maceió (AL).
Veja outras cinco informações que fazem dessa uma missão espacial sem precedentes.

1. Por que vale a pena viajar a Plutão?

Para começar, esse é o último dos nove planetas "clássicos" a ser visitado por uma missão espacial. Ainda que, em 2006, Plutão tenha sido rebaixado de planeta para a categoria inferior de planeta anão, esse enigmático habitante dos confins gélidos do Sistema Solar tem muito a dizer.
Se espera que Plutão, que orbita a uma distância ao cerca de 5,9 bilhões de quilômetros do Sol, ofereça uma visão mais completa de uma região completamente inexplorada do nosso sistema.
Ela é tão distante que nem mesmo o telescópio Hubble conseguiu obter detalhes desse corpo celeste descoberto em 1930.

2. O que essa missão espera descobrir?

Em seu ponto mais próximo, a New Horizons estará a cerca de 12.500 quilômetros da superfície de Plutão.
Suas fotos revelarão se há elevações e depressões profundas em sua superfície ou se sua topografia é mais ondulada.
A sonda detectou sinais de uma capa polar. Plutão é tão frio que o nitrogênio que respiramos na Terra existe ali em forma de gelo, mas é possível que uma tênue atmosfera de nitrogênio envolva o planeta.
Se isso se comprovar, a sonda resgatará uma amostra e medirá o quanto o planeta anão está liberando ao espaço.
A expedição também poderá revelar a presença de outras substâncias químicas: ainda que o neon seja um gás na Terra, pode se encontrar de forma líquida em Plutão, quem sabe até mesmo fluindo em rios sobre a superfície.
Na atmosfera, o nitrogênio poderia cair como se fosse neve. Outra pergunta feita pelos cientistas é por que muda tanto o brilho de Plutão, muito mais do que qualquer outro planeta. Um olhar mais próximo pode revelar características planetárias nunca vistas.
E, por último, espera-se obter mais informações sobre Caronte, a maior lua de Plutão e de seus outros quatro satélites: Estigia, Nix, Cerberos e Hidra.

3. O que a sonda está fazendo exatamente?

A sonda não vai pousar em Plutão, vai apenas sobrevoá-lo a uma velocidade de 50 mil quilômetros por hora - a maior velocidade já alcançada por uma sonda espacial.
Ela terá apenas algumas horas para tirar fotos e fazer medições. Como há uma demora de cerca de quatro horas e meia até que o sinal chegue a Plutão, as instruções da sonda estão pré-programadas.
Uma vez que esteja no endereço correto, terá início uma sequência automática para se tomar medidas.
A sonda enviará à Terra imagens de Plutão em alta definição, mas essa informação vai demorar a chegar até nós. Se tudo sair como está previsto, as primeiras imagens chegarão na madrugada de quarta-feira. No total, levará 16 meses até que toda a informação arrecadada durante a missão chegue à Terra.
Depois de passar por Plutão, a sonda continuará sua viagem até um objeto menor do cinturão de Kuiper. O tempo estimado para chegar nessa área é de quatro anos.

4. O que a sonda leva a bordo?

A sonda conta com sete instrumentos que não apenas servem para investigar detalhes do planeta - como do que é feita a atmosfera -, mas também servem de backup caso haja falhas.
Além do mais, a sonda leva uma grande quantidade de "coisas inúteis", segundo Jim Green, diretor de Ciências Planetária da Nasa.
Na lista, há coisas como um CD com o nome de 434 mil pessoas que responderam a um pedido de "Envie seu nome para Plutão", além de algumas moedas e um selo americano de 1991 onde se lê "Plutão: ainda inexplorado".
O mais curioso, no entanto, talvez seja uma urna com cinzas de Clyde Tombaugh, o homem que descobriu a existência de Plutão, há 85 anos.

5. Qual a possibilidade de a missão fracassar?

Se se deparar com as nuvens de partículas geradas por impactos com as luas de Plutão, isso pode danificar a nave. Por essa razão, a sonda enviará dados à medida que se aproxima do planeta.
Assim, os cientistas terão o que analisar se a sonda for afetada de alguma maneira. Mas a verdade é que isso é muito pouco provável, segundo a equipe responsável pela missão.
Em todo caso, a sonda foi criada para ter um nível elevado de autonomia. Em caso de problemas, ela tem a capacidade de se recuperar e seguir adiante com a missão.
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