Hoje iremos "falar" um pouco sobre as tradições do período de Junho e é claro: Sobre Astronomia!
As
Festas Juninas ou Festas dos Santos Populares, se tornaram festejos
típicos principalmente na região Nordeste do Brasil. Embora seja
considerada uma festa católica, sua origem é totalmente pagã, e, assim
como outras festividades como o Natal e o Carnaval, também muito
populares no Brasil, possuem um significado representativo de divindades
relacionadas a astros, como o Sol.
São João - a festa do Solstício
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Pôr
do Sol no solstício de verão alinhado com as pedras do Stonehenge, na
inglaterra. Um de muitos templos dedicados ao Sol e a observação e
catalogação das datas do início das estações. Ainda hoje, todos os anos,
pessoas vão contemplar os solstícios e equinócios no Stonehenge. |
O
que pouca gente sabe é que era de costume a igreja absorver
festividades pagãs e torná-las católicas, principalmente na idade média,
quando o poder da Igreja era soberano principalmente na Europa. Foi
assim que o Cristianismo, não podendo combater os festejos pagãos da
Antiguidade (mais precisamente no período neolítico celta) que ainda
prevaleciam em plena Idade Média, resolveu adaptá-los ao calendário
cristão.
A Saturnália,
que influenciou o Carnaval, foi a festividade que agora conhecemos como
Natal e representava o deus romano Saturno, ou Cronos para os gregos
que claro, ocorria no Solstício de inverno no Hemisfério Norte, e de
verão, no Hemisfério Sul.
Segundo a tradição, era comum celebrar festas principalmente durante os solstícios,
ou seja, os dias do ano em que o Sol atinge a maior declinação em
latitude, em relação a linha do equador. No hemisfério Norte, o Solstício de Verão ocorre de 21-22 de junho, e o Solstício de Inverno, entre 21-22 de dezembro. No hemisfério Sul, as datas são inversas, em junho seria o inverno e em dezembro, o verão.
Iluminação da Terra pelo Sol durante o solstício do hemisfério norte.
Em
comemoração à chegada do Solstício de verão, no hemisfério Norte,
vários países europeus festejavam a data. A igreja por sua vez,
assimilou a data, transformando-a na festividade do nascimento de São João Batista.
Origem da fogueira
A
tradição das fogueiras juninas tem origem européia e também fazem
parte da antiga tradição pagã de celebrar o solstício de verão. Assim
como a cristianização da árvore pagã "sempre verde", que se tornou a
famosa árvore de natal, a fogueira do dia de Midsummer (25 de
junho) tornou-se, pouco a pouco, na Idade Média, um atributo à fogueira
que Isabel acendera para avisar a Maria sobre o nascimento de São João
Batista, o santo celebrado nesse mesmo dia. Outras versões dizem que os
antigos sacerdotes, ao descobrir a importância dos Solstícios, que
indicavam as grandes estações climáticas e mexiam com a economia local,
assim, eles tinham o Sol como um deus, louvando-o todos os anos
nos dias dos Solstícios, com o fogo, a luz suprema que o homem oferecia
às divindades pagãs. Ainda hoje, a fogueira de São João é o traço comum
que une todas as Festas de São João Europeias (da Estônia a Portugal, da
Finlândia à França). Foi quando a festa do deus Sol se transformou nas
populares festas juninas.
No Brasil
Durante,
o período colonial (1500-1822), os portugueses, além de catequizar os
índios e trocar especiarias, trouxeram para o Brasil as tradições
medievais católicas e uma delas foi a festa de São João Batista. A festa
se tornou muito popular com o passar dos anos aqui no Brasil,
principalmente na região Nordeste. Em Portugal, além de São João, também
acrescenta-se outros dois santos populares: Santo Antônio e São Pedro.
Ainda
hoje vemos templos antigos e modernos que, mesmo que os religiosos e
fieis não percebam, são alusões diretas ou indiretas aos deuses solares e
não aos santos populares.
Agora que você já sabe a origem das
Festas Juninas, toda vez que ver uma fogueira acesa no dia 23 de junho,
lembrará das antigas tradições celtas para o Deus do Sol e para a
chegada do Solstício todos os anos.
Fonte:
Imagens: Internet
Texto: www.misteriosdouniverso.net (Texto adaptado).