A questão não é "se". É quando um asteroide vai bater de novo no planeta e causar uma extinção em massa ? muito provavelmente a de um mamífero desengonçado da ordem dos primatas, o Homo sapiens. Os
astrônomos estimam que existam pelo menos 1,1 mil desses bólidos com 1
km de diâmetro ou mais passando rotineiramente pelas redondezas da Terra
- todos com o potencial de causar uma catástrofe planetária. A qualquer
momento.
Exato. Se um asteroide parrudo estivesse vindo agora mesmo em nossa direção (como diziam alguns boatos furados na internet em
setembro), estaríamos de mãos tão atadas quanto um dinossauro: desviar
asteroides no braço é algo frequente no cinema, mas nunca nem
remotamente testado na vida real. Mas essa história pode mudar
logo. Cientistas da NASA e e da ESA, a agência espacial europeia,
anunciaram nesta quinta que estão montando uma sociedade para defender o
planeta desses bólidos. Eles finalmente vão tentar mover um asteroide.
Uma "minilua", na verdade.
A missão de nome AIDA (Avaliação de Impacto e Desvio de
Asteroide) vai ser dividida em duas partes. Primeiro, a ESA vai lançar
uma nave (a Aim) em 2020, que, em dois anos pretende alcançar o
asteroide Didymos e seu satélite, a minilua apelidada de "Didymoon".
Chegando lá, a nave vai coletar informações sobre o sistema binário.
Além disso, vai lançar um pequeno satélite, o MASCOT-2, que vai receber e
transmitir sinais de rádio através da Didymoon, para investigar a
estrutura interna do satélite mirim.
Depois, é a vez de a NASA entrar em ação: em 2022, a
agência norte-americana vai lançar a nave (a Dart) que vai colidir com
Didymoon, sob vigilância da Aim. Assim que o "dardo" (Dart) avertar o
"alvo" (Aim), esperam alterar a órbita da pedra.
"Para proteger a Terra de possíveis impactos perigosos, nós
precisamos entender muito melhor os asteroides ?do que eles são feitos,
sua estrutura, origens e como eles respondem a colisões. A AIDA vai ser
a primeira missão a estudar um sistema binário de asteroides, assim
como o primeiro a testar se podemos desviar um asteroide através do
impacto com uma nave espacial", disse o líder da parte europeia do
projeto, Patrick Michel, nesta entrevista aqui.
Você pode ver aqui um vídeo oficial em inglês, em que a ESA mostra exatamente como o imapcto vai ocorrer.(Links disponíveis apenas para acesso direto a nossa web page EuAstrônomo)